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Allezia Móveis - Do Machismo ao Capacitismo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Marca explora imagem de crianças com deficiência para escapar de críticas por objetificar mulher em campanha publicitária.

 

A loja de móveis Allezia conseguiu sair do anonimato da noite para o dia aproveitando uma polêmica nas redes sociais. 

 

Depois de usar a imagem cliché de uma mulher para vender móveis e receber críticas por isso, a loja resolveu explorar a imagem das criancinhas com deficiência para escapar das críticas e ainda atrair estrelas de aceitação para sua página no Facebook. Para isso, lançou um desafio. Pede que as pessoas confiram boa avaliação à página da empresa para que a AACD Associação de Assistência à Criança Deficiente receba uma doação de até R$ 22.000,00. 

 

Golpe de mestre, não? Afinal, que desalmado poderia ter alguma coisa contra as coitadinhas das crianças com deficiência? 

 

Não satisfeita, a empresa resolveu ainda explorar a situação política do país para atrair simpatizantes: "Todos juntos, de direita ou esquerda, nos encontraremos no centro para dar uma aula aos políticos de como respeitar as diferenças em prol de um Brasil melhor". O desafio veio emoldurado por uma mulher de biquine branco, carregando uma bandeira brasileira.

 

A GADIM Brasil - Aliança Global para Inclusão das Pessoas com Deficiência na Mídia e Entretenimento, repudia fortemente o uso das pessoas com deficiência nesta barganha e se solidariza com os movimentos feministas que se sentiram ofendidos e denunciaram a exploração do corpo feminino. Como o pessoal da Allezia deixou bem claro, o machismo e o capacitismo (considerar pessoas com deficiência como inferiores, objetos de pena), caminham juntos. Mas a luta contra eles, também.  E não tem nada a ver com política.

 

E antes que a Allezia diga que não usou nenhuma imagem de pessoa com deficiência, adiantamos que não foi preciso. A imagem já está bem instalada no imaginário das pessoas.

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