
Aliança Global para Inclusão
das Pessoas com Deficiência
na Mídia e Entretenimento

Publicidade Inclusiva
O primeiro Prêmio Inclusão - Gadim Brasil,
vai para a jornalista Mariana Lajolo, da Folha.
Em sua coluna na Folha, Mariana Lajolo escreveu o texto "Paraolímpicos são atletas treinados em busca de performances marcantes". Ela descreve características dos atletas sem exageros ou sensacionalismo, sem apelar para o coitadismo nem para histórias de superação. Como Mariana tão bem coloca:
"A história que os atletas paraolímpicos querem escrever, no entanto, não é a da superação da deficiência. Isso já fizeram faz tempo. Querem superar o cronômetro, a barreira, o adversário. Ser mais rápidos, mais fortes, melhores."
Mariana acertou na mão e no foco da matéria, com destaque para a ressalva no final: "Não são coitadinhos." Definitivamente, não são. e por isso leva o Prêmio Inclusão - Gadim Brasil, na categoria Jornalismo.
* O único deslize foi não usar o termo Paraolímpico, adotado pelos países de língua portuguesa, mas a gente desculpa.
Paraolímpicos são atletas treinados em busca de performances marcantes
Ensaio Paraolímpiada
As fotos de Rodrigo Coca/Eleven/Folhapress, que acompanha a coluna de Mariana Lojolo podem ser vistas no link abaixo
02/09/2016 02h00
Silvânia ficou cega na infância. Verônica sofreu um AVC (acidente vascular cerebral). Yohanssom nasceu sem as duas mãos. Uma infecção levou Alan a ter as duas pernas amputadas aos 21 anos. José sofreu um acidente de trabalho e ficou paraplégico.
Limitações são parte das vidas dessas pessoas. Todos já passaram por momentos de dificuldade e/ou preconceito. Eles e os cerca de 4.000 atletas que disputam os Jogos Paralímpicos do Rio a partir do dia 7 de setembro.
O evento não atrai a mesma quantidade de dinheiro, torcedores, esportistas e audiência quanto a Olimpíada convencional. É fato. Mas já ganhou espaço e respeito, tanto que acompanha o calendário do "irmão" mais badalado.
Por isso, está na hora de tirá-lo cada vez mais da sombra —embora alguns ainda o mantenham lá, vide o revezamento da tocha, que na maior parte do tempo ficará limitado a instituições que trabalham com deficientes.
A história que os atletas paraolímpicos querem escrever, no entanto, não é a da superação da deficiência. Isso já fizeram faz tempo. Querem superar o cronômetro, a barreira, o adversário. Ser mais rápidos, mais fortes, melhores.
Tire da cabeça o estereótipo de deficiente que a sociedade ainda insiste em manter e encare esses atletas como você encarou Michael Phelps ou Usain Bolt. Nem mais nem menos. Igual.
Não acredita?
A cubana Omara Durand tem deficiência visual, enxerga a dois metros de distância o que você vê a 60 metros e já correu os 100 metros rasos em 11s48. Se disputasse a principal competição de atletismo do nosso país, o Troféu Brasil, sairia com medalha de bronze. Jason Smith, um irlandês que tem apenas 10% da visão, chegaria em sétimo na mesma prova.
Markus Rehm, um alemão que não tem parte de uma das pernas, já saltou 8,40 m. Esqueça a final brasileira, em que ele ganharia a medalha de ouro com 21 cm de vantagem. Com essa marca, Rehm teria saído dos Jogos Olímpicos de agosto no Rio com o título do salto em distância.
Há muita discussão sobre o quanto a prótese ajuda ou não a pular mais longe, é verdade. Então veja o resultado de Silvânia Silva. Com seus 5,46 m no salto em distância, a brasileira ficou a 4 cm de figurar entre as 12 melhores do Brasil sem deficiência. Ela é cega e salta com o venda –assim, não enxerga absolutamente nada.
André Brasil tem uma perna mais fina e 5 cm mais curta do que a outra, calça 43 num pé e 36 no outro. Com sua melhor performance seria um dos 16 homens mais velozes nos 50 m livre no último Troféu Maria Lenk –chegaria em oitavo na final B. Esta é a principal prova dos brasileiros na natação.
Siamand Rahman, um iraniano gordinho cadeirante com mais de 107 kg, levanta 296 kg deitado, como num exercício de supino na academia. Na Rio-2016, quer chegar a 300 kg.
São atletas treinados, de alto nível, em busca de recordes e performances marcantes. Não conseguem seus resultados "apesar da deficiência", mas sim por causa de muitas horas de treinos e dedicação. Às vezes, muito mais do que os esportistas das modalidades convencionais.
Não são coitadinhos.
Prêmio Inclusão - Gadim Brasil

Ouçam os Emoticons!
Emotis ganham sons para serem
identificados por deficientes visuais.
A GADIM parabeniza a TIM pelo lançamento de Emoticons acessíveis a pessoas com deficiência visual e concede o Preêmio Inclusão na categoria Acessibilidade.
Emoticons são a nova forma de linguagem mundial. Mas para quem tem deficiência visual, eles não passam de uma narração fria e sem emoção. A Live TIM, ultra banda larga fixa da TIM, em colaboração com o Instituto Benjamin Constant, mudou essa história, desenvolvendo uma nova ferramenta de acessibilidade digital que inclui quem tem deficiência visual nessa conversa.
Eles identificaram os Emoticons mais utilizados na rede e gravaram sons para cada um deles. Agora, em vez de narração fria, os usuários vão poder ouvir emoções reais.
Veja (e ouça) o vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=-6yuO57UQ-M
Mais informação:
http://www.livetim.tim.com.br/emotisounds/
